sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Como Era Verde o Meu Vale (How Green Was My Valley) - 1941

Como Era Verde o Meu Vale ficou para sempre marcado na história do cinema como o filme que tirou o Oscar de Melhor Filme de Cidadão Kane. Um dos filmes mais aclamados de todos os tempos (alguns julgam ser o melhor de todos), Cidadão Kane perdeu a estatueta para este clássico do diretor John Ford, que dirigiu a adaptação (mais uma vez) de um livro de muito sucesso escrito por Richard Llewellyn.

Além desse fato marcante, no entanto, não há muito do que se lembrar deste longa. Projetado para ser um épico de 4 horas e rivalizar com ... E o Vento Levou, o filme passa longe de ser tão interessante quanto seu suposto "rival".

A história se passa no País de Gales, no início do Século XX, e é narrada pelo protagonista já aos 60 anos. Huw Morgan (Roddy McDowall) é um garoto que vive em uma pequena cidade, onde é instalada uma mineradora de carvão. Seu pai (Donald Crisp) e seus quatro irmãos mais velhos trabalham na mina, enquanto a mãe (Sara Allgood) e a irmã Angharad (Maureen O'Hara) cuidam da casa.

Tudo vai bem até que a Mineradora começa a diminuir os salários dos trabalhadores, levando-os a uma greve. O pai de Huw se recusa a aderir, o que leva os irmãos mais velhos a sairem de casa, para o desgosto do pai. Huw ve o clima em casa melhorar quando aparece em sua casa a jovem Bronwyn (Anna Lee). Encantado pela moça, ele tem o coração partido quando sabe que ela veio para noivar e casar-se com seu irmão mais velho.

No casamento do irmão, Angharad conhece o novo pastor da cidade, Mr Gruffydd (Walter Pidgeon). Ambos se apaixonam, porém o pastor não consegue retribuir ao amor de Angharad pois sabe que ela levaria uma vida de necessidades ao seu lado. Ela não vê alternativa a não ser casar-se com o filho do dono da Mineradora, e se mudam para outra cidade.

Aos poucos, o jovem Huw começa a perceber que sua família já não é mais a mesma, sua vida não é mais a mesma e seu vale não é mais tão verde como era antes, agora manchado pela fuligem do carvão.  Sua ingenuidade e inocência se vão junto com o verde do vale que ele tanto ama.

O menino Roddy McDowall não deixa nada a desejar a seus colegas de trabalho no quesito interpretação. Ele e Sara Allgood no papel da mãe (indicada a Melhor Atriz Coadjuvante) são o melhor do filme, que apesar de ser meio chatinho, é um clássico, não é mesmo?

Alguns fatos interessantes sobre o filme: ele deveria ter sido dirigido por William Wyler, conhecido por ser perfeccionista. Ele seria rodado no próprio País de Gales, mas a Segunda Guerra Mundial acontecia por lá, o que inviabilizou a gravação (obviamente). Um set foi então construído na California, mas Wyler não se contentou ao saber que as flores das locações não eram iguais às flores descritas no País de Gales do livro. Ele decidiu então filma-lo em preto-e-branco, para assim ficar perfeito. Com a saída dele e a contratação de John Ford, o filme acabou ficando sem cor mesmo, para não atrasar a realização do filme, que durou apenas dois meses.

Além do Oscar de Melhor Filme, Como Era Verde o Meu Vale levou ainda as estatuetas de Melhor Diretor, Melhor Fotografia em Preto-e-Branco, Melhor Direção de Arte em Preto-e-Branco e Melhor Ator Coadjuvante para Donald Crisp.

Um comentário:

  1. Gostei da Resenha!
    Adoro o filme!

    Quando puder, visite também o meu blog;
    www.ocinemaantigo.blogspot.com.br

    Abração

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