sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Rosa de Esperança (Mrs Miniver) - 1942

O mundo estava tomado pela Segunda Guerra Mundial em 1939, e o The Times publicou uma série de colunas de Jan Struther sobre uma família inglesa no meio do fogo cruzado. O diretor William Wyler foi contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer para levar a adaptação das colunas para o cinema, no que se tornaria um dos filmes mais importantes da época e mais inspiradores de todos os tempos, de acordo com a American Film Institute.

Greer Garson é a Sra Kay Miniver, a mãe de família que cuida para que as coisas não mudem tanto na família durante a guerra. Seu filho Vin (Richard Ney), ao retornar para casa da faculdade, se apaixona por Carol Beldon (Teresa Wright), filha de uma família muito tradicional. Depois de pedi-la em casamento, ele se alista na Royal Air Force e se prepara para ir para a guerra. Sua base é próxima à casa dos Miniver, e ele combina com a família um sinal: sempre que passar sobre sua casa, irá desligar os motores do avião para que saibam que ele retornou a salvo das missões.

Quando sabe que sua filha está apaixonada, Lady Beldon (Dame May Whitty) vai até a casa da Sra Miniver para tentar dissuadir a família do rapaz do provável casamento, alegando que a filha seja muito nova. Porém, a Sra Miniver a lembra de que ela também era muito jovem quando se casou, e que ela havia se casado por amor, assim como seus filhos, dissuadindo Lady Beldon de seu propósito.

O marido da Sra Miniver, Clem (Walter Pidgeon), também sai para a guerra, deixando a esposa sozinha com as crianças. Um dia, a Sra Miniver está passeando perto do rio quando encontra em seu quintal um soldado alemão, ferido e desorientado. Ela ajuda o soldado, leva-o para dentro de casa e gentilmente o desarma e o alimenta, para depois chamar as autoridades. Clem volta pra casa e Vin se casa com Carol.

A Sra Miniver conhece também o Sr Ballard, um senhor que cultiva rosas para um concurso regional. Ele quer que sua rosa seja a vencedora, e muito admirado com a simpatia da Sra Miniver, ele decide dar o nome dela à sua rosa. Porém a rosa vai concorrer com as famosas rosas de Lady Beldon, vencedoras em todos os anos anteriores. A esperança que a rosa representa será testada quando as duas Sras Miniver enfrentarem o pior momento de suas vidas.

Apesar de não ter considerado o filme grande coisa, a atuação das duas Sras Miniver (Greer Garson e Teresa Wright) é muito boa. Greer era uma das maiores atrizes da sua época, tendo sido indicada cinco vezes consecutivas ao Oscar de Melhor Atriz (recorde ainda não quebrado). Ela fez o filme apenas por questões contratuais com a MGM, mas foi o único papel que concedeu a ela a estatueta dourada. Seu discurso de aceitação do prêmio também se tornou um recorde: durou 5 minutos e meio, e fez com que a Academia criasse uma regra de tempo para os discursos de aceitação. Ela se casou logo após as filmagens com Richard Ney, seu filho no filme.

William Wyler nunca escondeu que fez o filme com segundas intenções. Apesar de nascido na Alemanha, ele queria que os Estados Unidos se juntassem aos aliados contra os nazistas. Após terminado o filme, ele se alistou nas forças armadas americanas e não estava presente quando ganhou seu Oscar como Melhor Diretor. Ao voltar da guerra, ele declarou o quão superficialmente seu filme retratou uma guerra tão terrível. O discurso do vigário, na cena final do filme, foi transmitida pelo programa do governo americano "Voice of America" por ordem do presidente Roosevelt, foi impresso nas revistas Time e Look e enviado impresso para a Europa como propaganda anti-guerra.

Teresa Wright também levou a estatueta por Melhor Atriz Coadjuvante. O filme ainda ganhou nas categorias Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia em Preto-e-Branco.

OBS: Quero deixar claro que este é um post também feito apenas por questões contratuais (meu contrato pessoal com este blog e o seu desafio). Não é um filme que eu veria novamente, pra ser sincero.


4 comentários:

  1. do que adianta olhar o filme agora se tu já contou o final?!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. nao leia, é obvio que um texto grande como esse iria revelar o filme..

      Excluir
    2. Em nenhum post do Claquete Dourada eu revelo o final ou reviravoltas inesperadas dos filmes. Faço uma introdução ao filme, contando um pouco do roteiro justamente para instigar que o leitor busque assistir ao filme. Pode ler os posts despreocupado, Juliano! Seja sempre bem vindo! Abraço.

      Excluir
  2. discordo da sua opinião, o filme é sublime, digno de receber todos os oscars que ganhou. veria novamente, com certeza.

    ResponderExcluir