Al Stephenson (Fredric March), Fred Derry (Dana Andrews) e Homer Parrish (Harold Russell) se conhecem no vôo que os leva de volta para casa. Tendo cada um uma experiência diferente durante a guerra, os três compartilham da saudade de casa e da esperança de tempos melhores que estão por vir. Começava ali uma grande amizade. Assim que desembarca, Fred se dirige à casa dos pais à procura de sua esposa, Marie (Virginia Mayo). Ao descobrir que a esposa agora é uma garçonete em uma casa noturna e não demonstra nenhum interesse em permanecer casada, Fred procura salvar seu casamento procurando um emprego onde consiga manter os luxos da esposa. Com dificuldade em arrumar trabalho, ele acaba voltando a ser um balconista de farmácia, o que leva seu casamento a uma crise ainda pior.
A vida dos três amigos se encontra cada vez mais complicada, cada um enfrentando o retorno à vida civil à sua maneira. Após um encontro em um bar, suas histórias se tornam cada vez mais entrelaçadas, e a amizade que se forja será essencial para que eles possam dar os primeiros passos em suas novas vidas.
Quando decidiu fazer um retrato do regresso dos veteranos, o produtor Samuel Goldwyn contratou o correspondente de guerra MacKinley Kantor para fazer um relato, o que acabou se tornando o livro "Glory for Me". Ele então contratou o roteirista Robert Sherwood para fazer a adaptação que levaria o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Wyler tinha visto um documentário onde Harold Russell aparecia, mostrando sua adaptação às próteses. Mesmo ele não sendo um ator profissional, o diretor insistiu para te-lo no papel de Homer Parrish, o que levou o estreante a ser o primeiro e único ator a ganhar dois Oscars pelo mesmo papel. Quando foi indicado ao prêmio de Melhor Ator Coadjuvante, a Academia achou que ele nunca ganharia, então decidiu dar a ele um Oscar Honorário pelo apoio e coragem que o papel daria aos veteranos. O que eles não esperavam é que Russell ganharia o prêmio de Coadjuvante, ficando para sempre registrado na história da premiação.
Apesar da participação relativamente pequena, Mirna Loy, como sempre, é um dos destaques do longa. No papel da esposa de Al, Loy consegue transmitir a angústia das esposas que, apesar da saudade, não reconheciam mais seus amados quando eles retornavam tão mudados após as experiências de guerra. Não é a toa que ela era a maior estrela de cinema da época! Fredric March levou o prêmio de Melhor Ator, mas a meu ver Dana Andrews se destacou muito mais em sua performance. O filme ainda ganhou a estatueta da Academia em mais duas categorias (Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição).
Apesar de ter sido um filme bastante importante na época, Os Melhores Anos de Nossas Vidas não é um daqueles filmes que gostaríamos de rever várias e várias vezes. Vale, obviamente, pelo retrato um tanto quanto fiel da época.
UM filme incrível e, aqui me permita discordar de seu texto, para ser visto muitas vezes pois, traça o perfil familiar e também o perfil do soldado, que ao retornar de uma guerra, tenta se recolocar em seu cotidiano, lidando com seus traumas, desconfianças e medos. Filmaço.
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